Não tem jeito:quando começamos nossa caminhada de fé nós sempre pendemos para um lado,ou do ativismo ou do intimismo (sei lá se existe essa palavra).Tem pessoas que caem de cabeça em vários movimentos,pastorais e outras atividades de ordem social na Igreja,enquanto outras buscam apenas os grupos onde elas possam ter um momento de encontro pessoal com Deus.E onde está o equilíbrio do cristão nisto tudo?
Nossa vida precisa ser uma ação que contempla.Tudo que fizermos deve estar associado àquilo que experenciamos em Deus.Fé sem obras é morta sim,mas obras sem fé também é vazia.
O Santo Padre,Bento XVI disse em uma de suas conferências relacionadas ao Ano Paulino (2008-2009): “as consequências de uma fé que não se encarna no amor são desastrosas, porque tudo se reduz ao puro arbítrio e ao subjectivismo mais nocivo”. Em junho de 2006,meditando a carta de São Tiago,o Papa nos diz que "a fé, se é autêntica, não se expressa de maneira abstrata, mas com obras concretas de amor".
Como sempre,é no amor que encontramos a fórmula de ser ter uma vida cristão autêntica.É amando que oramos,e o fruto desse Amor orante é que nos impulsiona a agir.
Deus abençoe!
domingo, 14 de novembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
E o tempo passa...tudo passa!
Já percebeu que este ano,assim como os outros,têm passado de tal forma que a gente nem vê?Eu me lembro do Natal de 2009 como se fosse ontem!Vai fazer um ano que eu fiquei sabendo sabendo que estava grávida e agora,num piscar de olhos,o José Francisco está aqui,brincando na sua cadeirinha.
Nossa vida tem corrido junto com o tempo,e muitas vezes,quando olhamos pra trás,vemos o quão pouco aproveitado foi esse tempo...e se continuarmos assim,nossa vida pode passar e também ver como fizemos poucopara nós,para os outros e sobretudo para Deus.Se este é seu caso,não se preocupe,ainda há tempo pro tempo.Comece a dar valor á sua rotina,veja-a com outros olhos e sua vida já não será tão rotineira.E aquilo que você pode mudar,das pequenas coisas como o caminho pra ir ao trabalho,à escola,ou um sorriso ao motorista de ônibus,às grandes coisas,como fazer uma ação social lhe ajudarão a fazer sua vida valer a pena,pois ela já vale por ser dádiva de Deus,e ela valerá mais se vocêf fizer a diferença onde você vive.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Deus nos prepara
Mês de outubro é dedicado às missões.Só agora percebi como Deus é carinhoso e usa Sua Igreja para nos ensinar.Primeiro Ele nos chama (Vocação-agosto),nos alimenta e forma em Sua Palavra (Bíblia-setembro) e agora Ele nos manda à serviço (Missões-outubro).
Nosso Deus prepara nossos caminhos aos poucos,pois toda boa construção precisa de um bom fundamento para se manter firme.Se você quer ser realmente um missionário,quer servir a Deus,aproveite cada um dos passos que Ele nos convida a dar,com calma,sem a afobação de pular etapas.No final,você perceberá que estará bem preparado para a luta que terá que ser travada,que é grande,porém,sabemos que em Cristo,somos mais que vencedores!
Nosso Deus prepara nossos caminhos aos poucos,pois toda boa construção precisa de um bom fundamento para se manter firme.Se você quer ser realmente um missionário,quer servir a Deus,aproveite cada um dos passos que Ele nos convida a dar,com calma,sem a afobação de pular etapas.No final,você perceberá que estará bem preparado para a luta que terá que ser travada,que é grande,porém,sabemos que em Cristo,somos mais que vencedores!
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Mousse de chocolate
Esse foi o último pedido de Santa Terezinha do Menino Jesus...como assim???Uma pessoa tao santa pediu um doce antes de morrer???Que absurdo!
Mas por que ela fez esse pedido?Porque o que ela mais desejava já estava garantido,que era o Céu!A vida de Terezinha foi uma constante busca do Amor de Cristo, e ela se encontrou através da "Pequena Via" que ela cita em seus escritos.
Essa via consiste em se encontrar com Jesus através da humildade,do reconhecimento da grandeza de Deus e da nossa pequenez,que sem Ele nós não somos nada.Também essa via nos leva a ver a ação divina nas coisas mais simples e cotidianas,como um abraço,o cantar de um pássaro...
No seu mundo,que valor você dá para seu dia a dia?Esperamos grandes milagres,quando Deus faz e muito na nossa vida sem percebermos.E as humilhações que passamos?Nós sempre temos uma sede forte de justiça,mas esquecemos de tudo que Jesus passou por nós,sem ter merecido.Santa Terezinha era conhecida no mosteiro como "Irmã Amém" porque não se indignava com nada,dizia sim para tudo.Mesmo sendo ridicularizada,ela ofereceu tudo para Seu Amado.
Busquemos fazer dessa santa,doutora da Igreja,nosso modelo de simplicidade e doçura diante de Deus e de Seu Plano para nós!Abaixo,algumas frases de Terzinha,que celebramos sua morte hoje e o seu dia amanhã.
Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face,rogai por nós!
"Para mim, a oração é um impulso do coração, um simples olhar dirigido para o céu, um grito de agradecimento e de amor, tanto do meio do sofrimento como do meio da alegria. Em uma palavra, é algo grande, algo sobrenatural que me dilata a alma e me une a Jesus."
"Meu caminho é o caminho da infância espiritual, o caminho da confiança e da entrega absoluta".
"Quisera eu encontrar também um elevador que me elevasse até Jesus, porque sou demasiado pequena para subir a dura escada da perfeição".
"Depois de minha morte, farei cair uma chuva de rosas".
"Eu não morro, entro na vida".
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Ser um anjo...
Amanhã a Igreja celebra a festa dos Santos Arcanjos:Rafael,Miguel e Gabriel e daqui a 4 dias(02/10) é o dia do nosso Santo Anjo da guarda.Sobre estas datas,falaremos mais adiante.A questão é:quando ouvimos a palavra "anjo",que vem à sua cabeça?
Muitos responderão:proteção,amizade,ajuda,etc.Deus realmente deu aos anjos essa missão.Eles,como seres totalmente espirituais,cuidam a obra prima do Senhor,o ser humano,que ainda que tenha um corpo físico e perecível,abriga dentro de si uma alma com essência divina.Nós somos ponte entre o mundo espiritual e físico,por termos em nós as duas naturezas.
Mas a missão de cuidar não cabe somente aos anjos,e sim para nós homens também.Deus em Seu Plano de Amor concede que em dados momentos da nossa vida sejamos "anjos" de algumas pessoas,necessitadas de proteção,ajuda moral ou espiritual,o bom e velho "braço amigo" na hora certa.
E você,é anjo de alguém?Se for,lemre-se da frase de Saint-Expéry em "O Pequeno Príncipe":"Serás inteiramente responsável por aquilo que cativas".Ligue,reze por essa pessoa,pois você é canal de graça!
e lemre-se que você tem anjos que rezam e te cuidam,para que sejas cada vez mais feliz.Agradeça a Deus por essas pessoas e dê um gesto de carinho a elas.Ainda que não sejamos anjos,podemos fazer de cada lugar que estamos um verdadeiro Céu!
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Vocação III
Nesse post,partilho com vocês o test munho do chamado de um rapaz ao sacerdócio.
Espero que todos encontrem seu lugar na Igreja,para servir a Deus e aos irmãos!!!
Perguntaram-me se eu gostava de chocolate...
O chamado é um mistério. Mas, para mim é ainda mais misterioso como recebi o convite para participar de um curso em um seminário menor que fica a 16 horas da minha cidade natal. Nasci em Reynosa, Tamaulipas (México), que faz fronteira com o estado do Texas, Estados Unidos. Tenho a alegria de pertencer a uma família de sete irmãos. Coube a mim ser o menor de todos. Agradeço a Deus que nunca deixou de me dar carinho e amor no lar. A formação que meus pais deram a toda a família foi sempre muito religiosa. Um dos meus irmãos entrou para o seminário diocesano no estado do México, mas depois de um tempo saiu. Não tenho lembrança disto, pois era muito pequeno. O que mais lembro deste tempo são as reuniões familiares. Já em casa, pela diferença de idades, nunca pudemos viver juntos. Quando nasci meu irmão mais velho já estava casado e meus outros irmãos começaram a faculdade. Por isso, o que mais esperava era o Natal e os momentos de reunião familiar. Esperava cada fim de semana com muita ansiedade, sobretudo, quando sabia que meus irmãos vinham de Monterrey onde estudavam.
Estudei o ensino fundamental com as irmãs salesianas de Dom Bosco onde meus irmãos estudaram também. Como era o menor recebi toda a fama dos meus irmãos. Graças a Deus todos passaram como bons estudantes. Das madres religiosas lembro, sobretudo, da alegria. Sor Consuelo (qepd) era verdadeiramente uma irmã que irradiava o amor de Deus.
Surge um convite
Foi neste ambiente tão sadio de um menino de ensino fundamental onde surgiu “do nada”, um convite para participar do cursilho de verão do seminário menor dos Legionários de Cristo. Para meus pais, para mim e para meus irmãos foi toda uma surpresa. Alguns amigos dos meus pais tinham um filho seminarista lá e tiveram a maravilhosa ideia de me convidar. Estamos falando do ano de 1990. Nenhum dos meus familiares conhecia a Legião de Cristo nem eu sabia a diferença entre um sacerdote diocesano e um religioso. Um religioso legionário me mostrou algumas fotos do seminário. Não lembro quem era e nem de onde era. Apenas tenho uma vaga imagem do sorriso e do traje preto que eu nunca tinha visto. “Pois, vamos lá. Passar um verão ali não faz mal a ninguém.” Isto foi em março. O convite era para o mês de julho. No final de junho veio outro legionário. Meus pais me perguntaram qual era minha decisão. Disse a eles que já não me interessava mais e que poderiam ir falar com o padre. “Você vai e fale com ele, pois o fez vir da cidade do México e diga ao menos obrigado”, disseram meus pais. Fui mal humorado porque estava jogando com meu sobrinho. Além disso, sabia que era pouco educado ficar dizendo sempre não. Quando o cumprimentei a primeira coisa que disse era que não queria ir e o motivo era porque não gostava. Cumprimentou-me com cortesia perguntando-me: “Qual é o sabor que você mais gosta?” Eu disse que era de chocolate. “Você iria gostar de chocolate sem nunca ter provado?”. Eu disse: “Acho que não”. “Então -me disse- deveria fazer a experiência e ver se gosta do seminário. Depois você pode dizer se gosta ou não”. Era um argumento irrefutável e me fez mudar de opinião.
O início de um caminho contínuo
No dia 2 de julho de 1990, estava com minhas malas no seminário menor dos Legionários de Cristo no México D.F., a 16 horas da minha cidade. Vivi quatro anos em meio a uma grande alegria. Dessa geração estão sendo ordenados agora cinco ou seis companheiros. O seminário menor
Mons. Airton com os novos diáconos, os padres Aurélio Dávila, LC (esquerda) e Demetrio Navarrete, LC (direita).
é alegria, jogo, aprender o que significa ter Cristo como amigo, decisão vocacional, crescimento e muito estudo. Sou muito grato a todos meus formadores desse período e rezo muito por todo o trabalho que fazem. Agradeço muito aos meus pais que me apoiaram em todo momento; também a meus irmãos que pouco a pouco entenderam tanto minha vocação como o chamado de Deus na infância. Não posso esquecer esses momentos em que pude ir a minha casa e estar novamente nessas reuniões familiares que sempre gostei desde pequeno.
Ao terminar meus estudos na escola apostólica decidi iniciar o noviciado em Monterrey, México onde estive por um ano e terminei meu segundo ano de noviciado em São Paulo (Brasil). Depois cursei meus estudos humanísticos em Salamanca, Espanha. Terminando esses dois anos colaborei na sede da direção geral em Roma enquanto realizava os estudos de filosofia. Depois tive a oportunidade de trabalhar como formador em nossos seminários menores no México, D.F. e como orientador de jovens no colégio Cumbres da mesma cidade. Terminei a formação em filosofia no Ateneo Pontifício Regina Apostolorum em Roma, onde também iniciei a teologia.
E vivo plenamente feliz
Olhando para trás posso dizer que Deus não me deixou apegar a nenhum lugar, desde de pequeno. Me quer sempre disponível e onde eu possa ajudá-lo segundo minhas forças. Agradeço a Deus por tudo o que colocou em meu caminho. Mas, agradeço especialmente duas coisas: a oportunidade de ter sempre alguns superiores em minha vida religiosa que foram verdadeiramente amigos e irmãos. Em todos encontrei o bom Pastor do evangelho. E a segunda graça foi poder colaborar na sede da direção geral da Legião de Cristo em Roma.
Sempre me fazem algumas perguntas: Nunca ficou triste? Nunca pensou em voltar e terminar com tudo? Estas perguntas podem se resumir em uma: Você era feliz? É uma pergunta pelo verdadeiro sentido da vida. Sempre respondi: como posso pensar em voltar ou deixar tudo se verdadeiramente estou feliz no caminho que Deus escolheu para mim? As dificuldades existem em qualquer caminho. Nosso problema é que às vezes confundimos ausência de dificuldades com “estar bem” ou felicidade. Mas, esta não é a lógica da vida. A felicidade não está fora, mas dentro. Graças a Deus tenho a oportunidade de trabalhar diretamente com jovens e na oportunidade de poder oferecer este tipo de vida a muitos jovens. Alguns a aceitam, outros depois de um tempo caminham, mas também há muitos que continuam neste chamado com uma grande alegria.
PE. DEMETRIO NAVARRETE DE LA O nasceu no dia 24 de novembro de 1978 em Reynosa, Tamaulipas (México). Entrou para o Centro Vocacional do Ajusco em 1990. Fez o noviciado em Monterrey e São Paulo, depois continuou sua formação no Centro de Humanidades Clássicas em Salamanca, Espanha. Trabalhou como formador em três seminários menores e também como orientador no ensino médio Cumbres Lomas no México, D.F. Atualmente desempenha seu apostolado na pastoral juvenil e vocacional nas cidades de Curitiba, São José dos Pinhais e Campo Largo no estado do Paraná, Brasil. É licenciado em filosofia pelo Ateneo Pontifício Regina Apostolorum de Roma, onde realizou os estudos de teologia.
http://www.regnumchristi.org/por/articulos/articulo.phtml?id=28523&se=362&ca=969&te=707
Espero que todos encontrem seu lugar na Igreja,para servir a Deus e aos irmãos!!!
Perguntaram-me se eu gostava de chocolate...
O chamado é um mistério. Mas, para mim é ainda mais misterioso como recebi o convite para participar de um curso em um seminário menor que fica a 16 horas da minha cidade natal. Nasci em Reynosa, Tamaulipas (México), que faz fronteira com o estado do Texas, Estados Unidos. Tenho a alegria de pertencer a uma família de sete irmãos. Coube a mim ser o menor de todos. Agradeço a Deus que nunca deixou de me dar carinho e amor no lar. A formação que meus pais deram a toda a família foi sempre muito religiosa. Um dos meus irmãos entrou para o seminário diocesano no estado do México, mas depois de um tempo saiu. Não tenho lembrança disto, pois era muito pequeno. O que mais lembro deste tempo são as reuniões familiares. Já em casa, pela diferença de idades, nunca pudemos viver juntos. Quando nasci meu irmão mais velho já estava casado e meus outros irmãos começaram a faculdade. Por isso, o que mais esperava era o Natal e os momentos de reunião familiar. Esperava cada fim de semana com muita ansiedade, sobretudo, quando sabia que meus irmãos vinham de Monterrey onde estudavam.
Estudei o ensino fundamental com as irmãs salesianas de Dom Bosco onde meus irmãos estudaram também. Como era o menor recebi toda a fama dos meus irmãos. Graças a Deus todos passaram como bons estudantes. Das madres religiosas lembro, sobretudo, da alegria. Sor Consuelo (qepd) era verdadeiramente uma irmã que irradiava o amor de Deus.
Surge um convite
Foi neste ambiente tão sadio de um menino de ensino fundamental onde surgiu “do nada”, um convite para participar do cursilho de verão do seminário menor dos Legionários de Cristo. Para meus pais, para mim e para meus irmãos foi toda uma surpresa. Alguns amigos dos meus pais tinham um filho seminarista lá e tiveram a maravilhosa ideia de me convidar. Estamos falando do ano de 1990. Nenhum dos meus familiares conhecia a Legião de Cristo nem eu sabia a diferença entre um sacerdote diocesano e um religioso. Um religioso legionário me mostrou algumas fotos do seminário. Não lembro quem era e nem de onde era. Apenas tenho uma vaga imagem do sorriso e do traje preto que eu nunca tinha visto. “Pois, vamos lá. Passar um verão ali não faz mal a ninguém.” Isto foi em março. O convite era para o mês de julho. No final de junho veio outro legionário. Meus pais me perguntaram qual era minha decisão. Disse a eles que já não me interessava mais e que poderiam ir falar com o padre. “Você vai e fale com ele, pois o fez vir da cidade do México e diga ao menos obrigado”, disseram meus pais. Fui mal humorado porque estava jogando com meu sobrinho. Além disso, sabia que era pouco educado ficar dizendo sempre não. Quando o cumprimentei a primeira coisa que disse era que não queria ir e o motivo era porque não gostava. Cumprimentou-me com cortesia perguntando-me: “Qual é o sabor que você mais gosta?” Eu disse que era de chocolate. “Você iria gostar de chocolate sem nunca ter provado?”. Eu disse: “Acho que não”. “Então -me disse- deveria fazer a experiência e ver se gosta do seminário. Depois você pode dizer se gosta ou não”. Era um argumento irrefutável e me fez mudar de opinião.
O início de um caminho contínuo
No dia 2 de julho de 1990, estava com minhas malas no seminário menor dos Legionários de Cristo no México D.F., a 16 horas da minha cidade. Vivi quatro anos em meio a uma grande alegria. Dessa geração estão sendo ordenados agora cinco ou seis companheiros. O seminário menor
Mons. Airton com os novos diáconos, os padres Aurélio Dávila, LC (esquerda) e Demetrio Navarrete, LC (direita).
é alegria, jogo, aprender o que significa ter Cristo como amigo, decisão vocacional, crescimento e muito estudo. Sou muito grato a todos meus formadores desse período e rezo muito por todo o trabalho que fazem. Agradeço muito aos meus pais que me apoiaram em todo momento; também a meus irmãos que pouco a pouco entenderam tanto minha vocação como o chamado de Deus na infância. Não posso esquecer esses momentos em que pude ir a minha casa e estar novamente nessas reuniões familiares que sempre gostei desde pequeno.
Ao terminar meus estudos na escola apostólica decidi iniciar o noviciado em Monterrey, México onde estive por um ano e terminei meu segundo ano de noviciado em São Paulo (Brasil). Depois cursei meus estudos humanísticos em Salamanca, Espanha. Terminando esses dois anos colaborei na sede da direção geral em Roma enquanto realizava os estudos de filosofia. Depois tive a oportunidade de trabalhar como formador em nossos seminários menores no México, D.F. e como orientador de jovens no colégio Cumbres da mesma cidade. Terminei a formação em filosofia no Ateneo Pontifício Regina Apostolorum em Roma, onde também iniciei a teologia.
E vivo plenamente feliz
Olhando para trás posso dizer que Deus não me deixou apegar a nenhum lugar, desde de pequeno. Me quer sempre disponível e onde eu possa ajudá-lo segundo minhas forças. Agradeço a Deus por tudo o que colocou em meu caminho. Mas, agradeço especialmente duas coisas: a oportunidade de ter sempre alguns superiores em minha vida religiosa que foram verdadeiramente amigos e irmãos. Em todos encontrei o bom Pastor do evangelho. E a segunda graça foi poder colaborar na sede da direção geral da Legião de Cristo em Roma.
Sempre me fazem algumas perguntas: Nunca ficou triste? Nunca pensou em voltar e terminar com tudo? Estas perguntas podem se resumir em uma: Você era feliz? É uma pergunta pelo verdadeiro sentido da vida. Sempre respondi: como posso pensar em voltar ou deixar tudo se verdadeiramente estou feliz no caminho que Deus escolheu para mim? As dificuldades existem em qualquer caminho. Nosso problema é que às vezes confundimos ausência de dificuldades com “estar bem” ou felicidade. Mas, esta não é a lógica da vida. A felicidade não está fora, mas dentro. Graças a Deus tenho a oportunidade de trabalhar diretamente com jovens e na oportunidade de poder oferecer este tipo de vida a muitos jovens. Alguns a aceitam, outros depois de um tempo caminham, mas também há muitos que continuam neste chamado com uma grande alegria.
PE. DEMETRIO NAVARRETE DE LA O nasceu no dia 24 de novembro de 1978 em Reynosa, Tamaulipas (México). Entrou para o Centro Vocacional do Ajusco em 1990. Fez o noviciado em Monterrey e São Paulo, depois continuou sua formação no Centro de Humanidades Clássicas em Salamanca, Espanha. Trabalhou como formador em três seminários menores e também como orientador no ensino médio Cumbres Lomas no México, D.F. Atualmente desempenha seu apostolado na pastoral juvenil e vocacional nas cidades de Curitiba, São José dos Pinhais e Campo Largo no estado do Paraná, Brasil. É licenciado em filosofia pelo Ateneo Pontifício Regina Apostolorum de Roma, onde realizou os estudos de teologia.
http://www.regnumchristi.org/por/articulos/articulo.phtml?id=28523&se=362&ca=969&te=707
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Vocação II
Hoje,vou partilhar com vocês uma formação do portal Canção Nova sobre a vida religiosa:
Vida Religiosa
É comum associar a expressão “vida religiosa” a uma vida reclusa, como a das freiras enclausuradas. Mas, na verdade, toda pessoa que crê no Pai do céu, no Seu projeto, no destino que Ele traçou para as criaturas, obviamente deve ter uma vida religiosa. Não se pode conhecer uma verdade, acreditar nela e não se pronunciar a respeito. Há de haver uma reação. Portanto, acreditamos que vida religiosa é aquela que todos nós devemos viver.
Conhecendo o mistério da magnífica criação do mundo, conhecendo as nossas falhas, conhecendo a misericórdia divina, através da Bíblia e, principalmente, através dos relatos da Paixão de Jesus Cristo, que veio ao mundo para nos remir de nossas faltas e para nos ensinar a construir a felicidade, temos de tomar uma atitude com relação a tudo isso e essa atitude é a nossa vida religiosa. Religião é palavra oriunda do latim (re+ligare) e significa “religação, nova ligação”, ligação do que foi quebrado e restaurado.
Para o cristão, a Ressurreição é a etapa conclusiva da salvação. No Evangelho, encontramos o fato, a dinâmica e todo o objetivo da vida que, em Maria, se realiza de maneira plena e livre. Nosso destino é um novo céu, não um céu "lá em cima", porque céu não é um lugar, mas um estado.
Maria Santíssima é o modelo do perfeito discípulo. A sua vida foi toda uma vida religiosa, não fora do mundo, mas atuante no mundo, para Deus e pelos irmãos. Na atitude da Virgem Maria, ser humano realizado, toda pessoa encontra inspiração de vida, fé e amor: o projeto se torna realidade; o mal é vencido; o amor triunfa.
Vida religiosa é isto: é o indivíduo ver, em cada momento e em cada circunstância de sua vida, a presença amorosa de Deus e responder a esse amor, não importa o que der e vier, como “a serva do Senhor”: faça-se em mim segundo a Vossa vontade. E dentre aqueles que vivem uma vida religiosa nós rezamos especialmente por todos os que têm uma vida consagrada, contemplativa ou não, os religiosos que, seguindo aos conselhos evangélicos da pobreza, obediência e castidade, se colocam mais proximamente na radicalidade do serviço e do anúncio do Evangelho ao mundo.
Que os religiosos, os frades, as freiras, os monjes e as monjas possam crescer cada vez mais no testemunho e na ação pastoral da Igreja de Cristo.
Padre Wagner Augusto Portugal
Vigário Judicial de Campanha (MG)
Vida Religiosa
É comum associar a expressão “vida religiosa” a uma vida reclusa, como a das freiras enclausuradas. Mas, na verdade, toda pessoa que crê no Pai do céu, no Seu projeto, no destino que Ele traçou para as criaturas, obviamente deve ter uma vida religiosa. Não se pode conhecer uma verdade, acreditar nela e não se pronunciar a respeito. Há de haver uma reação. Portanto, acreditamos que vida religiosa é aquela que todos nós devemos viver.
Conhecendo o mistério da magnífica criação do mundo, conhecendo as nossas falhas, conhecendo a misericórdia divina, através da Bíblia e, principalmente, através dos relatos da Paixão de Jesus Cristo, que veio ao mundo para nos remir de nossas faltas e para nos ensinar a construir a felicidade, temos de tomar uma atitude com relação a tudo isso e essa atitude é a nossa vida religiosa. Religião é palavra oriunda do latim (re+ligare) e significa “religação, nova ligação”, ligação do que foi quebrado e restaurado.
Para o cristão, a Ressurreição é a etapa conclusiva da salvação. No Evangelho, encontramos o fato, a dinâmica e todo o objetivo da vida que, em Maria, se realiza de maneira plena e livre. Nosso destino é um novo céu, não um céu "lá em cima", porque céu não é um lugar, mas um estado.
Maria Santíssima é o modelo do perfeito discípulo. A sua vida foi toda uma vida religiosa, não fora do mundo, mas atuante no mundo, para Deus e pelos irmãos. Na atitude da Virgem Maria, ser humano realizado, toda pessoa encontra inspiração de vida, fé e amor: o projeto se torna realidade; o mal é vencido; o amor triunfa.
Vida religiosa é isto: é o indivíduo ver, em cada momento e em cada circunstância de sua vida, a presença amorosa de Deus e responder a esse amor, não importa o que der e vier, como “a serva do Senhor”: faça-se em mim segundo a Vossa vontade. E dentre aqueles que vivem uma vida religiosa nós rezamos especialmente por todos os que têm uma vida consagrada, contemplativa ou não, os religiosos que, seguindo aos conselhos evangélicos da pobreza, obediência e castidade, se colocam mais proximamente na radicalidade do serviço e do anúncio do Evangelho ao mundo.
Que os religiosos, os frades, as freiras, os monjes e as monjas possam crescer cada vez mais no testemunho e na ação pastoral da Igreja de Cristo.
Padre Wagner Augusto Portugal
Vigário Judicial de Campanha (MG)
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Vocação I
Já que estamos falando de vocação,vamos ver uma formação e um vídeo sobre matrimônio
O Sacramento do Matrimônio
Os Sacramentos se destinam ao culto a ser prestado a Deus, à edificação e ao crescimento da Igreja, à santificação dos homens e à mudança radical da própria sociedade humana, como conseqüência.
Como sinais – destinam-se também à instrução dos fiéis, supõem a fé, mas ao mesmo tempo também a alimentam, fortalecem e exprimem. Como sinais característicos insinuam a graça que significam, produzem e conferem.
A graça sacramental apela para uma resposta pessoal e só produz o pleno efeito, quando houver essa resposta integral, mediante a aceitação da “missão” que cada Sacramento confia a quem o recebe, por uma vida cristã de sinceridade e total adesão.
Sacramentos, teologicamente falando, são sinais que simbolizam a graça que produzem e conferem. Os Sacramentos produzem até bem mais do que significam. Por exemplo: o óleo, na Unção dos Enfermos, insinua medicamento e cura, mas o efeito do Sacramento vai bem além: perdoa até mesmo os pecados de quem estiver disposto para tanto e sem a possibilidade da reconciliação sacramental.
São gestos concretos de amor do Cristo, feitos, um dia, em favor dos homens e, hoje e agora, repetidos para mim, através da Igreja. Os gestos amorosos de Cristo perduram para todo o sempre pelo fato de Ele ser Deus. São aplicados, aqui e agora, através de gestos, palavras, pessoas e sinais. Cada gesto, cada palavra, cada pessoa, a comunidade ali presente, encerra algo desse amor misericordioso e salvífico do Cristo.
Os Sacramentos nos dão a possibilidade concreta e palpável de encontrá-lo por meio dos sinais eficazes, que Ele mesmo ou a Igreja fixaram para esse fim. Encontro-O, vejo-O: batizando, curando, alimentando, perdoando, abençoando e visitando os casais, chamando para o ministério ordenado, conclamando para o testemunho de fé através dos sinais sacramentais, através de pessoas e palavras...
Os Sacramentos nos dão uma certa antecipação dos bens futuros. Em cada um deles aparece o apelo para a transcendência do Reino e “um pedacinho de saudade” desse Reino...
Por exemplo: quando se desfruta da união familiar no Matrimônio, nos vem à lembrança a grande família dos filhos de Deus, que um dia há de estar reunida na Casa do Pai, para louvá-lo por toda a eternidade.
Primeiramente, recordamos o grande amor com que Cristo amou a Igreja e se entregou por ela: foi um amor de altruísmo, de doação desinteressada e dolorosa. Foi uma entrega de vida até à morte de Cruz.
Dessa entrega amorosa nasceu a Igreja, nasceu essa multidão de filhos de Deus “não nascidos do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1,13).
O Matrimônio simboliza esse amor de doação e participa de sua eficácia. Deverá ser para as nubentes, igualmente uma entrega generosa, desinteressada e vital. Essa entrega amorosa e permanente terá também a sua fecundidade própria.
Na História da Salvação Deus fez muitas alianças (berit) com o seu povo escolhido. Essas alianças conclamavam para a responsabilidade recíproca dos “aliados” (Deus e o homem) e santificavam o povo, abrindo-lhe até o íntimo, o coração de Deus. O Matrimônio atualiza essas alianças, participando de suas bênçãos, de todos os demais efeitos. O casal assume uma responsabilidade recíproca que enriquece a ambos e os integra em uma comunidade de vida.
Esta aliança – como as de Deus com o povo – será selada com um juramento que dura para todo o sempre. É uma aliança de amor, permanente, íntimo e abençoado.
Cristo nasceu no âmbito de uma família humana, amparou as famílias do seu tempo, visitando-as e abençoando-as. O Matrimônio garante essa atuação de Cristo no seio da família que nasce. Ele estará presente também ali para apoiar, para abençoar, para fortalecer no amor e para sustentar nos momentos difíceis. A presença da Igreja, através do ministro e da comunidade dos fiéis, simboliza e garante essa presença de Cristo.
Vários são os gestos, os símbolos sacramentais no Matrimônio: o dar-se as mãos, as palavras do juramento recíproco de amor e fidelidade, a doação ou entrega, a vida comum. Tudo isto apela para uma realidade viva e concreta.
A graça sacramental possibilita e garante ao casal o apoio recíproco e multiforme, a fidelidade inquebrantável ao compromisso assumido, o clima de amor desinteressado, que regerá a doação e entrega, a verdadeira fraternidade que será a maior riqueza da vida em comum. Por tudo isto essa união conjugal, por certo, não deixará de ser fecunda, auferindo da riqueza de Cristo na Cruz a sua força maior.
No Matrimônio, os próprios nubentes são os ministros. Como é sabido, isso acontece pelo fato de participarem do sacerdócio de Cristo pelo Batismo e demais Sacramentos.
Uma vez que ambos são os ministros do Sacramento, a Igreja lhes pede o que solicita aos demais ministros “sacramentais”: fé, estado de graça, vivência cristã. Que os noivos tenham consciência dessa responsabilidade.
A vida de amor familiar, que brota do Matrimônio, apela para o momento final e culminante da História, quando “Deus será tudo em todos” (1Cor 15,28). Os nubentes deveriam estar conscientes também disso... Lá viveremos a vida familiar em plenitude.
Cardeal Eusébio Scheid
Arcebispo do Rio de Janeiro
Vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=8u-BBi7-6Aw
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Qual é o seu lugar?
O poeta Vinícius de Moraes dizia que "a vida é a arte do encontro,apesar de tantos desencontros pela vida".Realmente tenho que concordar com ele,afinal a nossa vida se move a partir de encontrar-se com algo,com alguém ou consigo mesmo.Às vezes,essas situações são rotineiras e teoricamente não mudam em nada nossa vida,por exemplo,sair de casa de manhã e se encontrar com o jornaleiro da esquina,com o cachorro do vizinho,etc.Há momentos em que esse encontro é um divisor de águas,como por acaso dar um encontrão em quem será um dia o amor de sua vida.
Bom falemos do nosso encontro com Deus..."ah,eu encontrei Cristo na minha vida" sério??Então pega a Bíblia,lá nos evangelhos...isso...vai folheando e lendo alguns trechos onde várias pessoas encontraram Jesus e conta quantas realmente foram tocadas por Ele.por incrível que pareça,são poucas.Agora se você prestar atenção,tem muitos que encontraram Jesus e suas vidas não mudaram em nada,como por exemplo,os fariseus,os sacerdotes da época,o jovem rico,Herodes,e por ai vai...
O verdadeiro encontro com Cristo nos transforma,não de um dia para o outro,mas provoca em nós uma sede de ser melhor.E nós somente coneguimos entrar nesse processo de mudança a partir do momento em que servimos a Deus no lugar em que Ele nos confiou desde toda a eternidade.E aí,qual é o lugar?Aí entra a VOCAÇÃO de cada um.
Deus fundou uma Igreja para que nela possamos caminhar com Ele e convidar mais almas a caminhar também.Nessa Igreja,que é Corpo Místico do Cristo,tem várias formas de servir,e com certeza,TODO MUNDO tem um lugar dentro.
Você ainda não sabe qual é o seu lugar na Igreja?Reze,busque ouvir a vontade de Deus e conheça um pouco cada vocação específica:MATRIMÔNIO,SACERDÓCIO E CELIBATO.Dentro dessas vocações há também movimentos,comunidades,ordens e congregações com diversos carismas,é só procurar que você vai encontrar não só o seu lugar na Igreja,mas a forma de encontrar-se sempre com o Cristo no seu coração!
Pelo Reino de Cristo à Glória de Deus!
Bom falemos do nosso encontro com Deus..."ah,eu encontrei Cristo na minha vida" sério??Então pega a Bíblia,lá nos evangelhos...isso...vai folheando e lendo alguns trechos onde várias pessoas encontraram Jesus e conta quantas realmente foram tocadas por Ele.por incrível que pareça,são poucas.Agora se você prestar atenção,tem muitos que encontraram Jesus e suas vidas não mudaram em nada,como por exemplo,os fariseus,os sacerdotes da época,o jovem rico,Herodes,e por ai vai...
O verdadeiro encontro com Cristo nos transforma,não de um dia para o outro,mas provoca em nós uma sede de ser melhor.E nós somente coneguimos entrar nesse processo de mudança a partir do momento em que servimos a Deus no lugar em que Ele nos confiou desde toda a eternidade.E aí,qual é o lugar?Aí entra a VOCAÇÃO de cada um.
Deus fundou uma Igreja para que nela possamos caminhar com Ele e convidar mais almas a caminhar também.Nessa Igreja,que é Corpo Místico do Cristo,tem várias formas de servir,e com certeza,TODO MUNDO tem um lugar dentro.
Você ainda não sabe qual é o seu lugar na Igreja?Reze,busque ouvir a vontade de Deus e conheça um pouco cada vocação específica:MATRIMÔNIO,SACERDÓCIO E CELIBATO.Dentro dessas vocações há também movimentos,comunidades,ordens e congregações com diversos carismas,é só procurar que você vai encontrar não só o seu lugar na Igreja,mas a forma de encontrar-se sempre com o Cristo no seu coração!
Pelo Reino de Cristo à Glória de Deus!
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Clara de Assis,irmã de toda irmã!
Hoje é dia de Santa Clara de Assis,grande amiga de São Francisco e também exemplo de obediência,pobreza e castidade.
Aprendamos com ela a dar o nosso tudo à Vontade de Deus!!
Aí vai uma formação relacionada à santa:
Santa Clara de Assis
Fundadora da Segunda Ordem das Franciscanas, as Clarissas Pobres, mística e padroeira da televisão.
Nasceu na Itália em 11 de julho de 1194 de um nobre chamado Faverone Offreducio Ortolanadi Fiumi. Impressionada com os sermões de São Francisco de Assis durante a quaresma de 1212, ela entrou para um convento beneditino e recebeu o habito das mãos de São Francisco de Assis no Domingo de Ramos. Ela ficou no convento beneditino perto de Bastia onde foi acompanhada de sua irmã Agnes. Em 1215,Clara moveu-se para uma casa ao lado da igreja de São Damiano e tornou-se superiora da comunidade cada vez maior e lá ficou por 40 anos. Ela fundou então a Ordem da Clarissas Pobres, e ela foi acompanhada por sua mãe, sua irmã Beatriz e três membros da família Ubaldini de Florença.
O Papa Inocêncio III ( 1198-1216) deu a elas a regra da pobreza absoluta, uma regra mantida por Clara nos anos seguintes. Outros conventos foram fundados e a Ordem floresceu por toda a Itália. Santa Clara era visitada por membros do alto clero e oficiais seculares por causa da sua sabedoria. Antes dela falecer já haviam conventos da Ordem por toda a Itália, França e Alemanha. Santa Clara fez vários milagres inclusive salvando a cidade de Assis do exército do Imperador Frederico II (1220-1250). Ela defendeu seu convento dirigindo milhões de cigarras (insetos) contra os Sarracenos. Quando estava no final de sua vida ela teve uma visão da Missa de sua cama. Por causa deste seu poder místico ela é considerada a padroeira da moderna televisão.
Ela morreu em 11 de agosto e foi canonizada dois anos mais tarde em 1255.
Clara é padroeira da cidade de Assisi, dos cegos, das lavadeiras e dos vidraceiros e pintores em vidros. Suas relíquias estão na Igreja de Santa Clara em Assis desde 1260. Na arte litúrgica católica ela é mostrada como uma Irmã Clarissa Pobre, as vezes carregando algumas cigarras.
http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=4636
Para as moças em discernimento,tem um vídeo bem bonitinho das Clarissas capuchinhas de Flores da Cunha
http://www.youtube.com/watch?v=OYKNJPj_pTE
Pelo Reino de Cristo à Glória de Deus!
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Maternidade
Gente,novamente fiquei fora do ar,mas por um justíssimo motivo: a chegada do meu pequeno José Francisco,dia 13/07.Passamos por algumas situações conturbadas,mas no fim,Deus fez maravilhas,como sempre!!!Obrigada a todos os que rezaram,nos ajudaram de tantas formas,Deus cubra a todos de bençãos!!!
Em breve volto com mais formações!!!
Em breve volto com mais formações!!!
sábado, 3 de julho de 2010
O caminho das virtudes
Todo mundo já ouviu aquela célebre frase "de grão em grão a galinha enche o papo" certo? Pois apesar de simples, é um ditado que serve para qualquer área da nossa vida. Se tentamos realizar um projeto sem passos, tudo de uma vez só, não funciona. Precisamos ter o objetivo, mas também é preciso atingir pequenas metas até chegar ao ponto final.
Nós estamos em uma caminhada, somos peregrinos em direção ao Céu. Mas chegar lá requer viver plenamente aqui, fazendo do nosso mundo um pedaço de Céu por onde a gente passa. Esse é o objetivo de todo cristão: se queremos alcançar o Reino de Deus, precisamos começar a construi-lo ao nosso redor. E isso começa a partir de nós mesmos.
Ser um verdadeiro (nunca perfeito) testemunho é aprender a se conhecer e perceber que temos virtudes e vícios. Aquilo que temos de bom, podemos alimentar em todas as situações, principalmente naquelas em que na verdade gostaríamos de exercer nossos piores defeitos e assim acabar até pecando. Mas quando damos "a volta por cima" e conseguimmos fazer o bem que queríamos, é uma alegria imensa, para nós e para Deus!
Isso é muito bom, mas como fazer? Quer uma sugestão? Vamos fazer o Caminho das virtudes!
Faça uma lista (sincera, sem se subestimar nem superestimar!) de virtudes, que são as qualidades que você acredita ter e ao lado uma lista de vícios, defeitos que dificultam seu relacionamento com os outros e também com Deus. Listou tudo? Então ESQUEÇA o papel de vícios em uma gaveta e a cada dia, em sua oração da manhã, diga para Deus e para você mesmo: "Senhor, me ajude a exercer hoje a virtude X". O ideal é buscar viver ao menos uma virtude nesse dia, lembre-se de que é um passo de cada vez. Acabou a lista? Repita-a sempre, revise semanalmente junto com a lista de vícios e você vai percebendo que aos poucos aquilo que antes era uma pedra enorme de tropeço, vai se tornando pequena em relação a tantas coisas boas que Deus fez crescer dentro de nós. Faça de cada virtude uma grãozinho como falamos no início, mas que encherá nossa vida para que ela se torne agradável aos irmãos e à Deus!
Boa caminhada!
Pelo Reino de Cristo à Glória de Deus!
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Viver à sombra da Cruz
Há mais de um ano eu escuto no rádio uma música que tem um trecho que lateja em meus ouvidos "tentei ser crente, mas meu cristo é diferente/a sombra dele é sem cruz no meio daquela luz". Há tempos reflito sobre essa frase e consegui concluir uma coisa: É O CRISTO QUE O MUNDO QUER!!
Você já percebeu que todo mundo se diz "cristão" porque acredita em Jesus Cristo? Certo, mas que cristo é esse que muitos crêem? Um Jesus histórico e revolucionário? Um Cristo que está no Céu para atender os nossos caprichos, digo pedidos? No meio de todas essa questões, com certeza as pessoas fogem de um Cristo aquele que sofre, afinal de contas, é ruim sofrer não é mesmo?
Pois é, mas Deus nos chama a contemplar Seu Filho que passou pela Cruz, teve o lado aberto para que pudéssemos estar unidos ao Céu novamente. Jesus não ficou somente no sofrimento da morte, Ele ressucitou e está glorificado, mas como nos diz São João da Cruz "Não há Glória sem Cruz".
Nossa vida é tomada de dificuldades, dores e sofrimentos, mas ao associarmos nossas dores com as dores de Cristo na Cruz, começaremos a perceber que nossa vida vai muito além daquilo que estamos passando, então o que parece queda na verdade se torna degrau para uma alegria maior, que somente Deus é capaz de dar.
Por isso não há melhor lugar do que a sombra da Cruz de Cristo,porque nela não há só dor,mas Ressurreição!
Pelo Reino de Cristo à Glória de Deus!
terça-feira, 8 de junho de 2010
A piedade ao Sagrado Coração de Jesus
A Piedade Cristã
Card. D. Eugênio Sales
Várias são as maneiras de revelar sentimentos como também de transmitir conceitos. Assim o símbolo é uma espécie de linguagem viva, meio de comunicação entre os homens. Sempre existiu e existirá.
Neste mês de junho, a piedade cristã dedica especial atenção ao Sagrado Coração de Jesus. No plano natural, esse órgão significa um centro, algo de essencial, cuja destruição redunda necessariamente na morte do ser criado. Além disso, ele mostra a índole do indivíduo: ódio ou amor, coragem ou covardia, vingança ou perdão. Essa concepção está subtendida quando falamos da devoção a que nos referimos. Nos domínios da Fé, descobre o extraordinário tesouro da bondade divina que é manifestada na vida do Redentor.
Nas famílias, locais de trabalho, estudo e lazer, nas cidades, cresce de forma angustiante a necessidade de ser valorizada a convivência humana, sua importância em favor do bem-estar coletivo.
Os conceitos de generosidade, dignidade, nobreza são indispensáveis ao relacionamento entre pessoas. Eles brotam de um coração bem formado, simbolizado por este órgão vital. Os maiores crimes podem ter origem em uma inteligência brilhante, jamais um caráter ilibado induz alguém ao mal.
Algum tempo atrás, foi noticiado um fato que revela o grau de insensibilidade moral e o nivelamento aos irracionais, com seus instintos mais aviltantes. Um jovem doente ameaçava jogar-se do alto de um edifício. Logo formou-se uma pequena multidão. Em um grupo, havia desaparecido os sentimentos mais nobres, pois açulava, estimulava o pobre enfermo a praticar o suicídio que, aliás, veio a acontecer. E alguns bateram palmas.
Cada um desses participantes responde, em parte, diante de Deus, por essa morte. Eles manifestaram algo de profundamente negativo. Tal ocorrência, bastante deprimente, nos deve questionar como membros desta comunidade. Faz-nos também refletir sobre esta passagem da Sagrada Escritura: “Tirarei de vosso corpo o coração de pedra e vos darei um outro de carne” (Ez 36,27). Somente assim muitos problemas poderão ser resolvidos.
No plano sobrenatural, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus abre grandes perspectivas ao crescimento religioso. São João, em seu evangelho (19,34) registra um fato que vem revelar a fonte da vida: “Um soldado transpassou o lado com a lança e no mesmo instante saiu sangue e água”.
No Antigo Testamento, Isaías (12,3) explica a origem de sua confiança e tranquilidade: “com alegria tirareis água das fontes da salvação”. Sendo esse líquido indicativo da existência e vitória sobre a morte, Ezequiel (47,9) prevê o tempo em que Deus fará jorrar torrentes capazes de garantir a sobrevivência de todos os seus filhos. Dentro desse contexto bíblico, São João, no texto acima citado, nos quer ensinar que o Redentor é o verdadeiro manancial. Pela sua crucifixão fez surgir a salvação do mundo.
Do mais íntimo do seu ser vem a manifestação do amor de Jesus. A lança abre o símbolo visível dos sentimentos que levaram o Salvador a morrer por nós. Amou-nos até ao sacrifício supremo para que vivêssemos eternamente.
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus não se limita apenas a uma parte de Seu corpo. Ela anuncia no filho da Virgem um homem concreto, vivendo em um período da História. Confessamos sua angústia, seu afeto, sua fidelidade ao plano redentor, proclamamos a raiz da Missão Salvífica. Essa prática espiritual nos introduz na profunda e incomparável intimidade do Verbo com o Pai. Cristo se doou integralmente. A obediência que O levou ao Calvário não enfraqueceu esse laço de união: “substancialmente vive a plenitude de Deus” (Cl 2,9).
Em uma época de tanto egoísmo, é frutuoso perscrutar a personalidade singular do Mestre. Ele é solidário com os homens mesmo que sua dedicação resulta em fracasso. E da íntima comunhão com quem o enviou adquire forças e grandeza para orar pelos que o ultrajam e matam (Lc 23,34).
Essa veneração é extraordinariamente rica para nós, pois o sinal nos fala do nosso perdão, do sangue derramado para nos remir. Recorda ainda o centro do Universo.
A ciência dos homens e a vaidade dos cristãos que se julgam doutos, jamais poderão perceber as belezas de atos religiosos aparentemente plenos de simplicidade.
Deus se revela aos pequenos e entre eles, principalmente, estão os devotos do Sagrado Coração de Jesus. Com Sua entronização nos lares, o Apostolado da Oração, o novenário, as festas piedosas fazem mais pela Igreja que muitos instruídos, pois, no Coração aberto pela lança, veneram e adoram o amor do Pai, que entregou por nós Seu próprio Filho para que pudéssemos viver (cf. Rm 8,31-34). Outorgou com esta doutrina o segredo de ordenar este mundo tão cruel por estar distanciado do Evangelho. Abriu perspectivas eternas a todos os seus filhos. Além disso, com o insistente apelo a aceitar seu jugo, que é suave e seu peso que é leve (Mt 11,28), nos proporcionou os meios para que possamos atingir a fonte da água viva.
Fonte: http://www.arquidiocese.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=3558&sid=78
http://www.veritatis.com.br/doutrina/meditacoes/624-a-piedade-crista
domingo, 6 de junho de 2010
Retornando...
Oi gente!Me perdoem os 2 meses em falta nas postagens,mas prometo me redimir com muito material bom que eu tenho encontrado.
Enquanto vou quebrando a cachola e rezando para escrever para vocês,vou repassar algumas formações sobre a Eucaristia (afinal passamos pelo Corpus Christi) e também sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus (que celebraremos na próxima sexta).
Boa leitura!!
Deus abençoe!
Corpus Christi: como a igreja é eucarística
Celebrar a solenidade do Corpo de Cristo é, acima de tudo, experimentar uma nova graça que é dada ao se unir a Jesus na Eucaristia. O ato de Comungar faz-nos dispor inteiramente para sermos todos de Deus, e isto é possível porque nos unimos ao corpo, sangue, alma e divindade de Cristo. Eis a mais esplêndida experiência de amor e felicidade que o homem pode vivenciar! Na Eucaristia, não só antecipamos o céu em nossas vidas, mas também nos unimos com o céu quando nos deixamos configurar com uma nova vida em Cristo: “Não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim.”
Nas palavras do Santo Padre na homilia do ano passado (2008), na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, nos indica a profundidade do sentido que é dado nesta solenidade: “A própria celebração que estamos a realizar no-lo diz, no desenvolvimento dos gestos fundamentais: antes de tudo reunimo-nos em volta do altar do Senhor, para estar na sua presença; em segundo lugar faremos a procissão, isto é, o caminhar com o Senhor; e por fim, o ajoelharmo-nos diante do Senhor, a adoração, que já inicia na Missa e acompanha toda a procissão, mas tem o seu ápice no momento final da bênção eucarística, quando todos nos prostraremos diante d'Aquele que se inclinou até nós e deu a vida por nós.”
“A Igreja faz a Eucaristia, mas também a Eucaristia faz a Igreja” (Henri de Lubac). Como é possível compreender isso? A Igreja e a Eucaristia parecem se confundir diante dessa união íntima. Ora, a verdadeira natureza da Igreja não se manifesta nas estruturas hierárquicas e nem no dogmatismo teológico, mas na própria celebração da Eucaristia. A Eucaristia realiza a unidade da Igreja. “O Corpus Christi recorda-nos antes de tudo isto: que ser cristãos significa reunir-se de todas as partes para estar na presença do único Senhor e tornar-se n'Ele um só” (BENTO XVI).
Por isso, podemos dizer que na Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo celebramos a mais plena união do Esposo com a Esposa, pois é na Comunhão Eucarística que Jesus une-se de forma plena com a Igreja, ou seja, com cada fiel que professa e vive a fé do Corpo de Cristo. Por isso, desta união, o próprio Cristo nos indica o caminho que devemos percorrer: “A Eucaristia é o Sacramento do Deus que não nos deixa sozinhos no caminho, mas se coloca ao nosso lado e nos indica a direção. Ele mesmo se fez "via" e veio caminhar juntamente conosco, para que a nossa liberdade tenha também o critério para discernir o caminho justo e percorrê-lo” (BENTO XVI).
Em um profundo entendimento acerca da concepção da Eucaristia, Santo Inácio de Antioquia nos ensina que: “Cuidai de participardes de uma só Eucaristia, porque há uma só carne de nosso Senhor Jesus Cristo e um só cálice para a união com seu sangue, um só altar, como um só bispo com os presbíteros e os diáconos, meus companheiros de serviço”. Enfim, a unidade da Igreja é manifestada em sua realidade específica e objetiva quando os fiéis se reúnem em torno do Bispo “no mesmo lugar”, para receberem a comunhão do único pão e do único cálice.
Algumas considerações cabem ainda sobre o “Corpo de Cristo”, no qual nos ensina Agostinho que a Eucaristia cria a Igreja: “É o mistério de vós mesmos que é colocado sobre a mesa do Senhor; é o mistério de vós mesmo que recebeis. É ao que sois que respondeis Amém e ao que por vossa resposta aderis. Com efeito, quando ouvis as palavras “Corpo de Cristo”, respondeis Amém. Sede membros do Corpo de Cristo, para que esse amém seja verdadeiro” (Sermão 272). Somos nós, os fiéis, que somos oferecidos e consagrados na Eucaristia: “Vós está lá, na mesa, vós está lá, no cálice” (Sermão 229). Pela comunhão do corpo eclesial: “Se receberdes, sois o que recebestes” (Sermão 227). O Corpo de Cristo, a Igreja, se oferece, portanto, para se tornar o Corpo de Cristo sacrificado, o sacramento: “Eis o sacrifício dos cristãos, esse corpo único, que nós, muitos, formamos em Cristo (Rm 12,5); é o sacrifício que a Igreja celebra no sacramento do altar, tão conhecido dos fiéis; por ele mostra-se à Igreja que, ao oferecê-lo, é também oferecida a Deus” (A Cidade de Deus 10, 6).
Para concluirmos essa breve reflexão acerca do mistério Eclesiológico da Eucaristia, tomemos o Evangelho no qual narra a instituição da Eucaristia: “Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu aos seus discípulos dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo.” Em seguida, tomou o cálice, deu graças e apresentou-lho, e todos dele o beberam. E disse-lhes: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos. “Em verdade vos digo: já não beberei do fruto da videira, até aquele dia em que o beberei de novo no Reino de Deus” (Mc 14, 22-25).
“Adorar o Corpo de Cristo significa crer que ali, naquele pedaço de pão, está realmente Cristo, que dá sentido verdadeiro à vida, ao imenso universo como à menor criatura, a toda a história humana e à existência mais breve. A adoração é a oração que prolonga a celebração e a comunhão eucarística na qual a alma continua a alimentar-se: alimenta-se de amor, de verdade, de paz; alimenta-nos de esperança, porque Aquele diante do qual nos prostramos não nos julga, não nos esmaga, mas liberta-nos e transforma-nos”.
Cristo oferece o seu Corpo e Sangue como penhor da glória futura: eis a antecipação das Bodas do Cordeiro! Que a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus Cristo possa em cada um de nós gerar um coração adorador e o ser Igreja, para que a comunhão Eucarística represente de forma viva e eficaz a união esponsal que transborda numa oferta de vida configurada em Cristo.
Márcio André Teixeira Barradas
Consagrado da Comunidade Católica Shalom
Assessoria Litúrgico-Sacramental
Enquanto vou quebrando a cachola e rezando para escrever para vocês,vou repassar algumas formações sobre a Eucaristia (afinal passamos pelo Corpus Christi) e também sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus (que celebraremos na próxima sexta).
Boa leitura!!
Deus abençoe!
Corpus Christi: como a igreja é eucarística
Celebrar a solenidade do Corpo de Cristo é, acima de tudo, experimentar uma nova graça que é dada ao se unir a Jesus na Eucaristia. O ato de Comungar faz-nos dispor inteiramente para sermos todos de Deus, e isto é possível porque nos unimos ao corpo, sangue, alma e divindade de Cristo. Eis a mais esplêndida experiência de amor e felicidade que o homem pode vivenciar! Na Eucaristia, não só antecipamos o céu em nossas vidas, mas também nos unimos com o céu quando nos deixamos configurar com uma nova vida em Cristo: “Não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim.”
Nas palavras do Santo Padre na homilia do ano passado (2008), na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, nos indica a profundidade do sentido que é dado nesta solenidade: “A própria celebração que estamos a realizar no-lo diz, no desenvolvimento dos gestos fundamentais: antes de tudo reunimo-nos em volta do altar do Senhor, para estar na sua presença; em segundo lugar faremos a procissão, isto é, o caminhar com o Senhor; e por fim, o ajoelharmo-nos diante do Senhor, a adoração, que já inicia na Missa e acompanha toda a procissão, mas tem o seu ápice no momento final da bênção eucarística, quando todos nos prostraremos diante d'Aquele que se inclinou até nós e deu a vida por nós.”
“A Igreja faz a Eucaristia, mas também a Eucaristia faz a Igreja” (Henri de Lubac). Como é possível compreender isso? A Igreja e a Eucaristia parecem se confundir diante dessa união íntima. Ora, a verdadeira natureza da Igreja não se manifesta nas estruturas hierárquicas e nem no dogmatismo teológico, mas na própria celebração da Eucaristia. A Eucaristia realiza a unidade da Igreja. “O Corpus Christi recorda-nos antes de tudo isto: que ser cristãos significa reunir-se de todas as partes para estar na presença do único Senhor e tornar-se n'Ele um só” (BENTO XVI).
Por isso, podemos dizer que na Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo celebramos a mais plena união do Esposo com a Esposa, pois é na Comunhão Eucarística que Jesus une-se de forma plena com a Igreja, ou seja, com cada fiel que professa e vive a fé do Corpo de Cristo. Por isso, desta união, o próprio Cristo nos indica o caminho que devemos percorrer: “A Eucaristia é o Sacramento do Deus que não nos deixa sozinhos no caminho, mas se coloca ao nosso lado e nos indica a direção. Ele mesmo se fez "via" e veio caminhar juntamente conosco, para que a nossa liberdade tenha também o critério para discernir o caminho justo e percorrê-lo” (BENTO XVI).
Em um profundo entendimento acerca da concepção da Eucaristia, Santo Inácio de Antioquia nos ensina que: “Cuidai de participardes de uma só Eucaristia, porque há uma só carne de nosso Senhor Jesus Cristo e um só cálice para a união com seu sangue, um só altar, como um só bispo com os presbíteros e os diáconos, meus companheiros de serviço”. Enfim, a unidade da Igreja é manifestada em sua realidade específica e objetiva quando os fiéis se reúnem em torno do Bispo “no mesmo lugar”, para receberem a comunhão do único pão e do único cálice.
Algumas considerações cabem ainda sobre o “Corpo de Cristo”, no qual nos ensina Agostinho que a Eucaristia cria a Igreja: “É o mistério de vós mesmos que é colocado sobre a mesa do Senhor; é o mistério de vós mesmo que recebeis. É ao que sois que respondeis Amém e ao que por vossa resposta aderis. Com efeito, quando ouvis as palavras “Corpo de Cristo”, respondeis Amém. Sede membros do Corpo de Cristo, para que esse amém seja verdadeiro” (Sermão 272). Somos nós, os fiéis, que somos oferecidos e consagrados na Eucaristia: “Vós está lá, na mesa, vós está lá, no cálice” (Sermão 229). Pela comunhão do corpo eclesial: “Se receberdes, sois o que recebestes” (Sermão 227). O Corpo de Cristo, a Igreja, se oferece, portanto, para se tornar o Corpo de Cristo sacrificado, o sacramento: “Eis o sacrifício dos cristãos, esse corpo único, que nós, muitos, formamos em Cristo (Rm 12,5); é o sacrifício que a Igreja celebra no sacramento do altar, tão conhecido dos fiéis; por ele mostra-se à Igreja que, ao oferecê-lo, é também oferecida a Deus” (A Cidade de Deus 10, 6).
Para concluirmos essa breve reflexão acerca do mistério Eclesiológico da Eucaristia, tomemos o Evangelho no qual narra a instituição da Eucaristia: “Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu aos seus discípulos dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo.” Em seguida, tomou o cálice, deu graças e apresentou-lho, e todos dele o beberam. E disse-lhes: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos. “Em verdade vos digo: já não beberei do fruto da videira, até aquele dia em que o beberei de novo no Reino de Deus” (Mc 14, 22-25).
“Adorar o Corpo de Cristo significa crer que ali, naquele pedaço de pão, está realmente Cristo, que dá sentido verdadeiro à vida, ao imenso universo como à menor criatura, a toda a história humana e à existência mais breve. A adoração é a oração que prolonga a celebração e a comunhão eucarística na qual a alma continua a alimentar-se: alimenta-se de amor, de verdade, de paz; alimenta-nos de esperança, porque Aquele diante do qual nos prostramos não nos julga, não nos esmaga, mas liberta-nos e transforma-nos”.
Cristo oferece o seu Corpo e Sangue como penhor da glória futura: eis a antecipação das Bodas do Cordeiro! Que a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus Cristo possa em cada um de nós gerar um coração adorador e o ser Igreja, para que a comunhão Eucarística represente de forma viva e eficaz a união esponsal que transborda numa oferta de vida configurada em Cristo.
Márcio André Teixeira Barradas
Consagrado da Comunidade Católica Shalom
Assessoria Litúrgico-Sacramental
domingo, 21 de março de 2010
O que sagrado a gente guarda
É impressionante como eu ouço algumas pessoas que frequentam a missa há "trocentos" anos classificarem a celebração com frases do tipo "essa missa é mais animada" ou "bah!Q missa ungida" e tb as depreciações como "Q missa sem graça!" ou coisas até piores.
Esses dias ouvi do Pe. Vicente,scj,da Comunidade Bethânia falar essa frase do título e explicando que muitas vezes nos perdemos nas embalagens e damos pouca importância ao conteúdo.E se esse conteúdo nos é sagrado,não importa em que embalagem está,nós absorvemos o essencial.
Não é o "tipo" de missa que vamos que vai nos levar ao encontro com Cristo,mas a missa em si,porque qualquer uma delas tem como conteúdo o mistério do sacrifício de Jesus,e não há nada mais sagrado para nós do que a presença de Deus em Corpo,Sangue,Alma e Divindade.Não é com mais palmas,ou mais músicas,ou mais adereços que a Santa Missa terá sentido se Deus não for o verdadeiro sentido das nossas vidas.Isso também é valido para os grupos,movimentos ou pastorais onde participamos,não há lugar onde Deus está mais ou menos,mas o lugar onde nosso coração se encontra com Ele,e isso só depende de nós.
PRCAGD!!
quarta-feira, 3 de março de 2010
Quaresma: tempo de renascer das cinzas!
Eu estava procurando uma imagem que correspondesse com o tema "Quaresma". Pensei na cor roxa (penitência),na cruz (redenção),mas nada me agradava.Até q eu encontrei essa aí do lado,um punhado de cinzas,e me lembrei que o significado dessas cinzas para mim sempre foi muito superficial.Hoje,elas não me recordam apenas que "somos pó e ao pó voltaremos"(Gn 3,19),mas que pelo fato do pó não ser nada,é desse nada que Deus quer nos refazer,e este é o tempo propício.
Quaresma não é só um tempo em que temos que nos confessar e jejuar porque a Igreja mandou e pronto.A proposta deste tempo de penitência é a de olharmos para dentro de nós,tomarmos consciência das nossas misérias e pecados e segurarmos forte nas Mãos chagadas de Cristo,que nos reergue e nos faz "nova criatura" (2Cor, 17).Por isso,precisamos imitar ao próprio Jesus,que se fez nada no madeiro para chegar à Glória da Ressurreição.São João da Cruz diz que "para possuir Deus plenamente é preciso nada ter; porque se o coração pertence a Ele, não pode voltar-se para outro" ,ou seja,é preciso esvaziar-se de tudo o que nos prende ao pecado,fazer-se cinzas para que Deus,o nosso Tudo,faça de nós homens,mulheres,jovens novos e com o coração totalmente rendido a Ele.
Que sua confissão,seu jejum,sua oração dessa quaresma leve você a se encontrar com o Cristo Ressucitado que passou pela Cruz e o faça viver uma vida nova nessa Páscoa!
PRCAGD!
OBS:A partir de hoje estarei em viagem,mas dia 15/03 eu retornarei com mais posts.Deus os abençoe!!
Um novo momento!
Depois de sei lá quantas tentativas frustradas,mais uma vez abro um blog,dessa vez mais madura,com muito mais a oferecer.Isso porque tive a disposição de crescer em todos os sentidos (por isso o nome do blog) e como tudo o que é bom a gente partilha,fui movida a escrever.
A minha primeira pretensão é partilhar o que tenho de melhor em minha vida: a pessoa de Jesus Cristo, meu Deus e Senhor, que eu conheci e continuo a conhecer através da Igreja Católica Apostólica Romana,minha Mãe e Mestra.A partir de Cristo,muito do que eu sou começou a ser trabalhado e posso dizer sou uma Andréa a.C e d.C.
As outras coisas que vou partilhar (seja o que eu leio ou o que escrevo) são tijolinhos para construirmos nossa personalidade e amadurecermos na nossa vida e na nossa fé.
Também espero a ajuda de vcs com dúvidas,sugestões,pois a gente não cresce sozinho!!
Fiquemos todos na benção de Deus,com a intercessão da Virgem Maria!
PRCAGD!
A minha primeira pretensão é partilhar o que tenho de melhor em minha vida: a pessoa de Jesus Cristo, meu Deus e Senhor, que eu conheci e continuo a conhecer através da Igreja Católica Apostólica Romana,minha Mãe e Mestra.A partir de Cristo,muito do que eu sou começou a ser trabalhado e posso dizer sou uma Andréa a.C e d.C.
As outras coisas que vou partilhar (seja o que eu leio ou o que escrevo) são tijolinhos para construirmos nossa personalidade e amadurecermos na nossa vida e na nossa fé.
Também espero a ajuda de vcs com dúvidas,sugestões,pois a gente não cresce sozinho!!
Fiquemos todos na benção de Deus,com a intercessão da Virgem Maria!
PRCAGD!
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